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Imagens extraídas do Google - o Google como perspectiva de performance. 
    
Fotografia de família. Quem fez o bolo foi minha mãe.
 
                                                                                                                                                                                                                                             
 imagens extraídas do Google. O Google como ação em performance. 
 


                                                       
Não sei o que escrever  diante destas imagens+corpos+cheiros+arquiteturas+proposição de incômodo+vulnerabilidade de tempo - me vendo na tela. Caramba. Complexo e desconfortante. 

Escrevo várias vezes e apago. Volto várias vezes num mesmo lugar, por ''N'' fatores. Repito os movimentos não dados. tenho TOC (muitas imagens na mente). Às vezes tenho convulsão de imagens (sim, elas são fortes. quando eu era mais novo elas vinham de repente, quase um sinal. encaro como...). Eu corro para anotar, às vezes deixo passar, acreditando na minha mente. mas nada. Perco e fico fora de mim. sinto uma perda quando isso acontece. Às vezes eu gravo áudio, às vezes minhas mãos tremem. Jesus!(expressão recorrente).

Acontece um ''trem''  que eu não sei o nome. obrigo-me sempre a toda ordem. faço-me as pazes e volto a solidão. Teve um tempo (tô voltando agora a ter estes encontros excessivos de imagens, pensamentos e afins) que eu não estava compreendendo-me à respeito dessa falta de diálogo: eu comigo mesmo - das imagens e proposições. 

Já pedi (peço muito) muito a Deus o renovo das minhas vontades e práticas, onde tenho me colocado em estruturas mórbidas, duras, cansadas (tô muito fraco); coisas opostas que eu nunca senti, coisas que eu não sei traduzir na hora. coisas de outras escalas. coisas, como agora: coisas.

Tenho refletido muito sobre práticas que descolam lugares específicos, canônicos, fiel a uma certa prática do fazer; escrever, sistematizar arte. Penso e proponho eventos que desqualifiquem  onde estou, como estou, como faço (pensando nesta lógica da automatização da ''forma serial'') e como eu retenho estes lugares (processos em uso) em mim. Gosto de lidar com o não dado pela forma, com as travessias e atropelos de ''lugares fixos'', conhecidos ou confortáveis, são trocados por não lugares, lugares de passagem, lugares virtuais, lugares que nos impõem outros tipos de trocas''(CANTON, 2009, p 58). Como as curadorias domésticas que julgo de outro lugar, que rompem pré concepções de casa, espaço interno, fixo, confortáveis.  Jogo com a imprevisibilidade dos não lugares, as quebras narrativas, não lineares, fabulosas, onde o corpo potencializa registros outros, marcas, performatividades tortas, corpo esguio, operando tal/tais prática/s decoloniais, afrontosas. cheias de marra.                                                                                 


 




Aqui tem desenhos, vídeos, fotografias de contaminações outras e desejos diferentes. 
cartografias   (Deleuze e Guattari, 1995) E.u penso jardim, corpo, entonação
                           

                                       Montagem de fotos minhas e fotografia que Lindalva (fotógrafa) tirou de mim, no bastidor de ensaio da peça "Paraíso", 2018.                                 

                                         

Fotografia minha e registro fotográfico que Lindalva (fotógrafa) tirou de mim, no bastidor de ensaio, da peça "Paraíso", 2018.
            

teve uma vez eu queria pintar meu cabelo de rosa, azul...sei lá. queria por queria. aí, vi meu colega (Mateus Garcia) de turma de cabelos rosas. fiquei louco. Logo registrei. Não sabia o que fazer com àquele material. deixei guardado. 

As redes - subversões, pontes em construção - vem tecendo ''performatividade ensaiada'' (lugar que eu me encontro) no campo bi - virtual.








''vídeo contrário''. Eu às vezes tenho insight ''devorados''. sim, vêm de ambas formas/casos/deslises. pegar a câmera do celular (Multilaser MS50L) E PARTIR para um lugar confuso da luz do dispositivo portátil e a mão ''q'' opera, sem regular. no susto. o vídeo é sim passagem: água doce e salgada, frio ou morno, gostoso ou nojento, perigo x festa. é caro a mim - provocador. 

deixo-me atravessar pela efemeridade do processo fílmico das ideias (externas e internas), sensações que passam no campo, nas relações, gerando a mim estados fugazes de corpo em vídeo (registro + atravessamento + sintonia). 

pensar q o executor (falo da visualidade e corpo que se propõe jogar, criar regras) é vídeo, é ator, performer, dançarino. instaura-se a mim protagonismos ambíguos, compartlhados: filmadxr e filmadx.

a curta duração, de segundos é sinal para o texto, para um outro processo, desenho, performance, ato cênico. ela ''me sustenta'' a não desenhar geometricamente a situação, o que me fez ter o insignt. 

            
    Fotografia: Lindalva.
    Foto realizada no bastidor de ensaio, da peça        "Paraíso", 2018. 
    Sobreposição de imagem, a cachorra Belinha, exposta; Fotografia realizada por Eliane Madeira, tinha tia, mãe da Belinha. 


                                         
 Igual um dia, eu ''tava'' na cozinha fritando batatas, veio-me imagens, planos, narratividades poéticas da personagem Hello Kitty, bolo...sei lá. Engraçado que eu fiquei surpreso; fui pesquisar e fazer eventos no campo bi (coleta de dados de terceiros, pessoais/desejo armazenados/colados/pensados no app Paint do computador) utilizando estética de encontro. 

 escrevi uma lista de corporeidades da imaginação; uma ''estrutura de bolo-corpo''.




Referência Bibliográfica

CANTON, Katia. Espaço e lugar / Katia Canton. - São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009. - (Coleção temas da arte contemporânea).

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