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 para cada arquitetura existiu (existe?) cegueiras poéticas. Explico/não responder. posso tentar. oooooouu, melhor...

Vamos lá!

...ai gente, é difícil ''narrar''. preciso da interação de vocês. ok?


Mix sonoro - som da rádia FM Litoral, Ferrugem, Pedro Sampaio, áudio engraçado de Whatsapp, do grupo de jovens da igreja IBF.
 
processo 1.: o vídeo na perspectiva de ser operado pelo ventilador, o meu corpo enquanto privado do vídeo - posicionado numa escala de vigia. Este processo me custou muitas giradas no ventilador (subia e descia, sem deixar o celular cair; conferia se estava filmando/duração de tempo), a correria de colocar o cobertor no corpo e filmar (coisas que sozinho não sofram possíveis registrar). muito estresse. descarregar a memória da câmera. barulhos do isopor e musica de funk (Rádio Litoral, 102,3, Sábadão). 

Provei-me. estiquei-me. quebrei meu ''projeto de arquitetura comestível'' de isopor, sem contar, crer na resultante; senti dor. descanso. edição. colei desejos. coletei áudios engraçados (anônimos) do grupo da igreja, que dizem muito da separação de mídias populares/coloquial e erudita. encaradas numa outra agregação, partitura, misturas em arte. 

aferi o vídeo ao doméstico, a escolha de entregar-se vulnerável aos dados.

  
Supercombo - Piloto Automático (sonoridade).
   
processo 02.: a câmera sempre é uma grande vilã para mim. ela me corta. só depois de eu ter passado  sufoco (sem saber se tá filmando, se parou de filmar...), analiso. encaro essas ''perdas'' como caminhos poéticos, quebrados, da construção do objeto, na construção de mim. tiro muito proveito. 

entre comida, pasta de dente, cinto da minha mãe, etc. afirmo meu corpo desconhecido; às vezes sem código, sem propósito, nú (sem lugar).

parti quase numa linha melódica do primeiro vídeo. para este segundo, em termos de construção de mim, mas falta do meu corpo em mim, a obscuridade do não registro presente, o sufoco pelo grito urgente (sem drama, ta?). 

sem contar que o vídeo é apenas uma parte do processo. o cheiro não passa para vocês. ou passa? passa estímulos?? se quiserem trocar ideia... o chão que não foi filmado, com farelos de bolo/pães. a câmera esconde o real (isso é bom< jogo do inventado, da surpresa, da brincadeira, do limite, do tempo) das tonalidades, gramaturas. o vídeo neste ponto é solitário, ele não pega aquilo ''q'' eu quero. ai eu aproveito a pressão do processo filmado.   


Mix de sonoridades - Ludmilla, som de igreja, Simone e Simária e Tierry. Eu utilizei o gravador do meu celular para gravar a música. 

processo 03.: entre banha de porco, embalagem de papel de bala, biscoito, canjiquinha, brilho. tentei formar uma receita de mim, receita sem fermentação. crua mesmo. o cheiro foi horrível, a sujeira OOOOOhhh, chãããããoooo...aaahhhh, céeeuuusss! como foi sofrido limpar. ooh, banha que não saía fácil. pai do céu. 

limpei tudo. deixei a surpresa bem ou mal ''pro'' final. 

o meu corpo frontal e desequilibrado e perdido foi lido na pós filmagem, eu deitado na cama. na filmagem, a minha cabeça estava só na preocupação se a câmera estava gravando ou não. levantar, abaixar, pegar, fazer tudo rápido. sujar a imagem não foi proposital. o tempo do meu corpo no vídeo foi outro. não durou. não durou a mim a escuta, o respiro. talvez esteja aí o nexo da coisa. o que é conflitante em ação e repouso construtivo na posteriori. quando eu anexo minha voz no vídeo e sonoridades outras, não estou disputando voz e registro (pode ser um caminho também) e sim procedimentos alternativos da performatividade do povo, do arrocha, da cultura; emprego como covite ao público que acha sucata, a participação. 

                                  

                                

                                        

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