Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2020
¹ Começo este desenhotexto como uma auto provocação de me entender enquanto um jovem performer que procura se inscrever, escrever sobre si – em mídias alternativas, formatos acadêmicos, formas de apresentação oral e mil outras coisas que eu acho duvidoso. Talvez tudo o que você ouvir aqui, ler, ‘’sistematizar’’, hipotetizar, partirá do pré suposto de uma senha. Sim, uma senha que te ‘’dará acesso’’: espaço - a estes múltiplos caminhos que eu procuro, além de encontrar, possibilitar jogo (s) e suas estratégias compartilhadas em público. Vamos lá. Vou confessar para vocês: eu não tenho ousadia para entrar de cabeça neste retângulo branco. Para mim, é se assumir! Falar daquilo que eu gosto, pratico, não pratico, odeio, me provoca, me instiga: causa preguiça. Não tenho o mínimo controle. Pego o carro como quem não sabe dirigir e vou sofrendo ataques. Acredito eu que, quando uma pessoa, você, eu, sua família, amigos etc – quem for, não quer sair e voltar de uma viagem com lesões e/ou mor
 Não sei se a armação da minha morte ocasionou aberturas do amor no meu corpo - como me apontava na feitura, o seguinte versículo bíblico - que por pouco eu perdi de realidade: ''o Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltaram'' (BÍBLIA, Isaías, 58, 11), marcada fortemente no meu coração. e nesta prática de colher subjetivações, para, se possível, permanecer.  Entre o religioso, profano, feiticeiro...libertação - pois eu me encontrava em uso.  /Me senti completo/.  O processo de corpo pesquisa foi ganhando densidade, eu tratando os corpos instalados a sons, vídeos, ruídos, misturando o instante e intervalos. cada fotografia na edição eu temperava performatividade   ‘’E como dar voz a esse turbilhão, que escrita esse corpo pede? Que corpo é esse que escreve?’’ (Colla, 2019, p 14) Minha escrita é meu corpo, é efêmera, é mole, é pastosa. se en
e VENTO PERFORMATIVO DOMÉSTICO. Doméstico porque (é preciso, é por estar, fazer) a mim é contemporânea a inquietação do registro, do campo, do corpo operado, das músicas - que escancaram  política, do jeito de estar, dos berros corporais - que ocupam, passam, fincam armadura - pois é potente. É instalado no lugar oposto. corpos que são ativadores de acontecimentos, de trocas múltiplas. Instauram políticas afirmativas, instauram inquietações.  O performer age como um complicador, um desorganizador; cria para si um Corpo sem Órgãos ao recusar a organização dita “natural”, organização esta evidentemente cultural, ideológica, política, econômica. Um performer pergunta sobre capacidades e possibilidades do corpo; sobre pertencimento, exclusão, mobilidade, mobilização; pergunta: de quem é esse corpo? a quem pertence o meu corpo? e o seu? (...) (Fabião, 2013, p 06)  O meu corpo é este. é impossível eu falar de corpo combustível. Tenho, agora, um corpo bidimensional, um corpo que suporta ser e
                                                                                      Oh, Tifany (música que o cantor Tierry canta) - a música do momento. Não sai da minha cabeçaaa . Tá tocando aqui na rua. Gente, todos estes registros logo a baixo são de proposições performativas de ''fazer castelo'', uma certa imersão no meu lugar e do lugar público. Uma micro residência que eu participei, em 2019, a convite da dupla de artistas Joana e Fredone, no espaço Estação Espacial, localizada na Barão de Monjardim, 317, Centro de Vitória/ES - Brasil. FAZER CASTELO > A ação tem início às 19 h, na Casa da Barão, no Centro de Vitória-ES. 1º ato: Tentar fazer um castelo; 2º ato: Provocar os doces, as matérias; 3º ato: Procissão do Castelo pelo centro de Vitória. Gabriel Caetano ( @caetano_100 ) é artista, estudante de artes cênicas, e mora em Vitória/ES. Sua pesquisa se desloca por mídias alternativas, desdobrando a figura de matéria: desenho, pintura, fotografia, descolando um
Imagens extraídas do Google, tais como: flores moldes de silicone de mão, cisnei, depois estas imagens foram montadas no Paint, logo eu escrevi : Processos operandes: penso. Fotografias: Fredone e Joana  Performer: Gabriel Caetano. Penso na escrita acadêmica como algo movediço (eu procuro quebrar as paredes enrijecidas, brancas, formatadas, lascar marreta no chão), do time atemporal. está na delicadeza, na complexidade do pensar, na geometria de outra forma. Deste corpo que se excita! É a experiência que autoriza o artista a ter um ponto de vista teórico diferenciado . Para um artista plástico, é como se as palavras estivessem encarnadas no trabalho e no próprio corpo. Suas análises terão esta vivência suplementar: sua confrontação pessoal com o processo de criação (Rey, 1996, p 86). A escrita que segue é quebrada, forma calçada, é terreno em semeadura - fértil.   Estas instalações precárias (a escrita instalativa como procedimento do meio que se escolhe jogar) passaram-me pelo esqueci
      Fotografia: Fredone e Joana    Performer: Gabriel Caetano.                                              Fotografia: Fredone e Joana Performer: Gabriel Caetano. árvore do desejo. desejo de desejo. desejo sem desejo. atrito e afeto. compreensão e inusitado. jogo e regra. regra e barreira. jogo e jogo. visualidade e comestível. sentidos e opacidades. gostos e -comprovação. maneiras de se vestir e comportamentos sensuais. abrir e fechar. torcer ''pro'' seu time do coração e beber água. tomar no cú e regar as plantinhas. saber esperar o tempo. saber que existe tempo. tempo /voa/voa/. pedra dura lá de cima, com muitos matinhos. cheiro de natureza, terra molhada; só chover que eu ressuscito. texto e lugar. lugar e distancia. dar lugar. eles elas nós. sem vírgula. ausência. ausência de materialidade. não saber. falta. vazio. espaço e lugar - tempo. escultura vazia. molde cheio. vazio. canudo de plástico, de listras coloridas. o suco da festa ''tava delícia'
Penso no ensaio como processo escultórico. a música do momento, os ruídos, sujeiras visuais - estésicas; os objetos familiares, os cômodos, partes do meu corpo filmado, a forma como o corpo arquiteta o ambiente, esculpe um certo registro, fora, junto, dentro, nas bordas do corpo, por vias das entre lacunas, desvios de estruturas plásticas, sonoras, escritas, afetivas, doloridas, escondidas.  quando eu me possibilitei fazer meu corpo, eu estava ciente do medo, de fazer tudo nas pressas pra ninguém ver (e viu).  Eu não somava aquilo que eu pegava para o processo ''filmado-performado'', nem minhas intensões eu articulava a anteriori. o espartilho e sutiã da minha mãe não solucionou o que eu deveria ou não usar; relações abertas dos pares em campo, em processo, desempenharam devolutivas domésticas do como partir, saltar do acontecimento não involuntário. no mesmo instante que eu queria resolver tudo, antes que minha mãe chegasse do trabalho, ouve escuta. eu esperei o '&
                                         Imagens extraídas do Google - o Google como perspectiva de performance.       Fotografia de família. Quem fez o bolo foi minha mãe.                                                                                                                                                                                                                                                  imagens extraídas do Google. O Google como ação em performance.                                                            Não sei o que escrever  diante destas imagens+corpos+cheiros+arquiteturas+proposição de incômodo+vulnerabilidade de tempo - me vendo na tela. Caramba. Complexo e desconfortante.  Escrevo várias vezes e apago. Volto várias vezes num mesmo lugar, por ''N'' fatores. Repito os movimentos não dados. tenho TOC (muitas imagens na mente). Às vezes tenho convulsão de imagens (sim, elas são fortes. quando eu era mais novo elas vinham de repente, quase u