Pular para o conteúdo principal
                               

                              JOGOS TEATRAIS    e    VOZ



    Na realidade,mesmo quando o ator acredita ter fixado o seu ''monólogo interior''(acrescento o que stanislavsky prpunha:fala interna eu:partiturizado,passou no corpo:corpo sensível:mutável a novas modificações externas -nada fica em estado bruto à primazia.)este continua sendo mutável,sendo dependente da particularidade de cada espetáculo:do estado psicofísico  do ator,das relações dele com os outros personagens que também nunca são estáveis ,da relação da platéia,etc.(ator e método /EUGÊNIO KUSNET)

Partindo dessa citação,maravilhosa,onde o sujeito atoral é colocado como matéria:princípio,meio,fim ''degradante e preciso'' nas relações de estranhamento e força que,unem entrar e sair do texto,ora,dramatúrgico(reverbera no monólogo interno,no momento,e consequentemente a desordem do não pertencimento.Se faz sozinho);partiturizado no corpo cênico as possibilidades de entregas e retiradas da personagem.

Na nossa aula de jogos teatrais,fomos condicionados a termos uma 1ª passagem plástica audiovisual e sonora/expansão do material físico tátil e do natural(cordas focais e todas as cavidades que há na voz).A estética ficou muito interessante.Como os personagens se mesclavam numa certa desordem visual,roupa,tamanho,cor,gestualidade...Criando um estranhamento muito interessante para a cena,deixando rastros de outros,ambiguidade entre personagens -todos que compunha a cenicidade da cena na delegacia.

Era sujo,escroto,frio/quente;divisão de focos(todos em cena/cada qual no seu quadrados) que distanciava-se do efeito imagético,onde o público contemple e não pense a sua realidade.A visualidade e montagem segue um ''padrão'' de Brescht quebra da quarta parede,não deixando o público entrar em catarse da personagem em esquecimento com realista.A interpretação dos personagens realista mas os externos híbridos.

A minha personagem,advogado sério,entra sem muito papo com ninguém,indignado com a situação,fervendo por dentro.Não aguentando ficar ali,com todas aquelas más companhias.Quase explodindo de tanta espera,para ser atendido.O coro em relação com o advogado era presente,na primeira passagem fria,do advogado,onde as meninas prostitutas eram chamadas -eram todos estranhos...quase criando um fluxo de conversa.Mas na segunda passagem do corpo,apareceu o abstrato onde Fabi detona na delegacia e todos saem no seu aposento/no quadradinho.Naquele ato performático extra-cotidiano,vira família unívoca na confusão.

A voz no mic da minha personagem é amarga -como o microfone tem esse poder de extrair material;fazer brincadeiras/articulações de possibilidades na voz.amplia a plasticidade de uma voz extra-cotidiana-diegese.Essa explosão da voz que não reconhecemos gera partituras,camadas que serve de apoio para achados e perdidos.

Imagens minhas e da minha turma de 2018 de artes cênicas UVV













Registro meus e da turma de artes cênicas, 2018  AC1N.

Comentários