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ESTOU A DESCOBRIR HOUVERES DE ENTREVISTAs, ESCRITA  EM SUPORTES ALTERNATIVOS: ESTA AQUI É ÁRDUA E BOA. SUFOCA A PRÁTICA testemunhal.





Utilizei minha casa e grupos de whatsapp (escola, igreja-jovens, família, professores de arte) como campo de experimentação em mediação e formato curadorial. Neste processo, ainda recente, não temi ao repertório de fala e maneiras de provocações.

A ação se realizou virtualmente pelos grupos de whatsapp e  presencialmente com a minha família. A divulgação dos materiais não foi nada fácil, pelo fato de ser um ''aleatório'', em campo nada convencional, como no grupo dos jovens da igreja. Lancei a imagem e fugi - 01:49. Ato heroico. Fui ao banheiro, cozinha...Logo chega uma mensagem do grupo dos irmãos da igreja. Uma mensagem: "Que isso mano ?'' - 01:54. Eu: kkk o que é ''pra'' ''vc'' ? O mesmo jovem respondendo: '' Um quarto''.


  
                                    
                                                    
                                          Jennifer Rubell, ''Pedded Cell'', 8 x 16 cm, 2010,

Eu: Por que?
kkk
Mesmo jovem: Sla
Quadrado
E uma porta
Eu: Por que, é familiar?
Mesmo jovem: sim
Eu: porra, janela
E as paredes, teto...
...
Peculiar as outras?
Consegue visualizar quais matérias (elementos) constituem esse quarto-espaço?

Jovem número 2 cola a mensagem que eu havia escrito errado: porra. ''porta''* 

Senti que o processo investigativo  ganharia sustância com a entrada de mais um colega.
                                                                                                       
Eu: Porta***
Tá maluco o teclado, perdão.
Jovem 2: Rlx varão

 Jennifer Rubell, imagem extraída do Google. 


 '' Hora esquematizada'' X Contextualizei a obra.

Em todos os grupos que eu compartilhei a imagem, articulei um pensamento de ''imagem jogada, surpresa'', exceto no grupo de professores de arte, na qual eu provoco, para além da imagem publicada, problematizo a imagem e seus processos poéticos na escola.

Eu: uma indagação, professor@
A aula de arte é contemporânea para às crianças?

A territorialidade do grupo de professores (Polo Arte na Escola), na qual eu estava inserido, me permitiu apresentar/dialogar as descrições das obras: ano, artista, dimensões, técnica, suporte, e modos de pensar outros atravessamentos e possibilidades de mediação em arte na escola e espaços alternativos. 


                         Rochelle Costi, Quartos- São Paulo, 1998.
 
NENHUMA FALA DOS PROFESSORES DE ARTE

No grupo dos estagiários  (estou sem vontade de aplicar aqui o registro) apareceu uma carinha de surpresa.

Eu: o que seria isso???
kkkkkk
Lanço indagações
Devires
Diz aí

silêncio

00: 19

 Alguém digitando... Eu todo emocionado.
Espero o tempo deles digerirem as provocações.

Colega x: estou tentando imaginar - 00:31
Eu: uma dica, solta a imagem visual que te chegou
O que você vê ? Os detalhes....que lugar é esse ? É fake news?

Para aguçar a leitura e criação de repertório, códigos de linguagens... ofereci pistas a serem pensadas, para além da representação na imagem.

24 DE MARÇO DE 2020. Ninguém mais respondeu

tiTENHO COMIGO A BOA SEMENTE LANÇADA.
Alguns dos colegas de sala trouxeram referencias ainda não analisadas na obra.

Com minha mãe o alcance foi o que seria aquilo: o que ela via e só. 
Para o meu irmão, a lembrança de uma música melancólica, frustante...o fez associar a obra. A musica foi ativação para construir narratividades. Eu o indaguei se já tinha sofrido algum tipo de depressão, o mesmo se lembrou do vídeo que havia me enviado, fazendo relação com a obra ''Padded Cell''. 

Entendo que a ação se realizou na ''livre descoberta'' - abertura que eu joguei com o meu irmão, sem impor estruturas de respostas ''já pensadas''.




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