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TUDO escuro.Lanternas acionam que há algo a se descobrir.
O que?Não sei.
São muitas coisas,situações,barulhos,encaixes,vozes,coros/corpos,erros,quebras,jogos opostos no acaso...FRAGILIDADE.TENDO-se A ABSTRAÇÃO LÍRICA - VISUALIZO COMO CAMINHO PARA UM NOVO OLHAR,PRA BORRAR AS APARÊNCIAS:timidez,insegurança/medos,ACERTOS;CORDA BANDA,ATIRAR;NÃO FORÇADO PARA ENCONTRAR O CAMINHO,MAS entrega do grupo,ritualístico,que surgiu o que moveu a visualidade,recortes enquadrados da direção.

As luzes carregam um tanto que profano,um tanto que amplia o espaço.UM BASTANTE.FOCO DE LUZ PERPASSANDO PARA QUEM EU QUERO POSICIONAR NO MEU CAMPO AMPLIADO.

(NÃO tô louco,não,são as misturas de materiais alternativos,viagens/pesquisas de referências da obra de Nelson Rodrigues,o que carrego comigo,e cada colega carrega consigo,o que vejo que me inspra,nas outras pessoas,na vida.Porque  que me deixa nessa situação é a vida,é o homem,são as singularidade de cada um.

4 M.Clessis,uma em cada caixa,caixa imaginária,cada caixa de frente para a plateia.Sombrio,leve.Sou Madame.

Quando eu entrei em cena,entrei estático na caixa,duro,escultórico-duro,gesso;veio na minha lembrança uma personagem que fiz que era paralítica.Lembrei de esculturas religiosas,barrocas,formas de corpos gregos.VEIO NA HORA.Certos momentos,esse corpo duro,matéria resistente,saía da caixa -As falas dos coros de Alaídes me atiça a querer entrar,mesmo eu não fazendo parte.Quando os corpos de Clessis eram mescladas com as de Alaídes,quando elas afirmam:''li seu diário'',''quer ser como eu,quer?Usar espartilho,ter dinheiro e morrer assassinada?'' ''então diga como é que começa'' ''ontem fui com paulo a Paineiras''.São materiais que estão em outro terreno e quando o oposto ver acontece o choque.ESQUENTA A SER CÊNICO,CRESCE,REVIGORA,DEPOIS DIMINUI...Como um balão.Um criança enche...esvazia...enche até a metade...faz voar o balão...esvazia...enche de novo até o topo,amarra e explode.

A ligação dos atores em resposta/entrega com a direção,é muito importante.Porque a qualquer momento pode surgir um imprevisto,desfalque -e o que não estava ''preparado'' para o papel/personagem/quadro entrar.É a vez de mostrar e não contar o que se faz,o que se pede.SÓ FAZ.NÃO PERGUNTAR A QUEM PEDIU PARA INTERVIR.É INSTINTO.SINTONIA,MELANINA,PROCISSÃO DE FÉ.Avante o que o mestre mandar.

Essa situação aconteceu na festa do 1 º ato quando os pares dançam e um outro corpo/atrito/frieza, -dois focos de olhares/estranhamento,aquela M.Clessi ,aquela outra parte entra essa madame.Como essa passa?anda,o que faz?...Foi o que eu fiz.OUVI QUE TINHA QUE IR.E FUI.SEI MEDO.FUI QUEBRADO internamente por aquilo não ser meu,Gabriel,mas da Clessi.A preseça é forte do ato de ir,sem reservas.Me arrepio agora.Porque é real.Não é pai de santo que baixa.É Humildade.É fazer bolo e ver como se faz um tipo de bolo ''x'' e comprar os ingredientes...todo o processo...de pegar a bacia,o pó da massa,leite,fermento,e mexer,mexer,mexer.mexer.levar ao forno e...Comer.Na hora comer.Comer com vontade.Depois vem na lembrança a analogia do bolo.depois de comer.Porque na hora é só a fome.

Todas as imagens a seguir foram extraídas do Google.























(Imagem pessoal).

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